Bom... três meses após a formatura eu resolvo "dar satisfações" da minha vida...rs
Tudo é muito confuso ainda para mim, mas ando realizando algumas coisas, refletindo sobre minha formação e meus desejos e confesso: estou aprendendo muito com a nova vida e comigo mesma!
Tenho muita saudade de tudo o que vivi nos quatro anos que se passaram... Dificuldades existiram, mas só quem passa pela vida acadêmica em Viçosa sabe do que eu estou falando... São lembranças eternas, laços para a vida toda, aprendizados e experiências que preparam para muitos dos desafios da vida "de gente grande". Fora as festas, claro! Incomparáveis...hahaha
Optei por continuar meus estudos acadêmicos pois não sabia o que fazer depois da graduação. Eu sei o que eu não quero, o que eu tenho vontade, mas ainda não posso... Mas ainda estou descobrindo o tamanho do passo que posso dar no momento. Cada dia que passa tenho mais certeza que não quero ser pesquisadora...rs. Mas é algo tolerável por algum tempo se pensarmos nos benefícios do título. Talvez eu tente a seleção do Mestrado por isso, não por gosto.
Mas devo admitir que estrou aprendendo muito com as disciplinas em que estou matriculada como aluna especial. Há coisas muitos interessantes para o artista enquanto criador. Há muita coisa nova e boa de se ver. Há o trabalho dos professores e dos colegas, que mostram o que o pessoal anda fazendo por aí na área das artes corporais. Enfim, acho que ajuda no meu auto-descobrimento.
Mas meu tenho um vontade muito grande de produzir coisas. Não falo apenas do trabalho burocrático da Produção Artísca e Cultural, o qual também me encanta, mas na minha produção enquanto artista. Tenho vontade de voltar às minhas práticas sim, mas não àquelas técnicas codificadas, um meio onde as pessoas mais próximas também olham torto e duvidam da sua capacidade; mas tenho muita vontade de criar minhas coisas, domeu jeito, mas não sozinha. Trabalhos solos são interessantes, mas a troca é algo que me estimula mais no momento. este é um dos projetos para o segundo semestre: participar de um grupo de pesquisa corporal. Só preciso de parceiros.
Quanto à vida social, confesso que estou "devagar, quase parando" se comparar com minha época universitária. Como já disse, "ser adulto" não é fácil, ainda mais quando se passa pela "Terra do Nunca". Mas é preciso...
Por outro lado, as festinhas daqui são tããão sem-graça!...rs. Assim, confesso que estou até me acostumando já e me divirto como posso. Mas nada se compara aos "rocks" da UFV! Ninguém faz "amigos de infância", ninguém gosta de conversar sem segundas intenções, ninguém se mostra "humano", só se fala de projetos, vida profissional, nem os porres são os mesmos! Ainda mais no IA! O pessoal acha que muito louco. Até é. Mas não são "malucos beleza" como os da "cidade perereca". nem os malucos da rua se comparam ao Pango ou ao Rogerinho e cia.
Não há prática de andar na rua, beber na rua, comer pastel na feira depois da balada no meio da rua... Não tem naaaada disso.
O que salva são os músicos e engenheiros...hahahaha. Brincadeirinhaaaaaaaaaaaaa!!!
Mas uma coisa boa da Unicamp que tenho que admitir sem sacanagem (rs) é o contato com outros cursos de arte. Amplia muito a visão de nós, artistas.
Ah, e o povo não é tão "viajado" quanto à imagem que temos aí...rsrsrs
Alguns se acham "os inteligentes, engajados e cultos", Uma p*** pose... "pseudo-intelctuais". Mas a maioria é sensata, busca seu espaço (muito individualmente, mas...).
Os problemas se repetem. Aqui também tem, além das "viagens" daí, os "pseuso-bailarinos de plantão", aquelas pessoas "cabeças fechadas", que só querem dançar na academia ou no seu grupo de dança, que não querem pesquisar porque acham que já conhecem tudo e que são bons. (Aaaai, como eu fiz o mal!...rs)
Aqui também tem greve, pouca verba para as Artes e podem aproveitar quer nossas salas de aula são muuuuuuito mais funcionais e, principalmente, lindas!!!
Mas por outro lado, no DACO tem até ateliê para confecção de figurinos com máquinas de costura e tudo! (achei o máximo!)
Só que é puro mérito dos alunos. E eles fazem muito por merecer mesmo depois de conquistá-lo: produzem muito, viram noites, se empenham mesmo para produzir trabalhos de qualidade.
Aliás, isto eu admiro muito. Não há vergonha nem preguiça de se produzir. Não há barreiras a serem ultrapassadas que intimidem os trabalhos. E a comunidade acadêmica até está se acostumando mais a ver.
Isso faz falta na UFV!
Mas aqui tem também as "dancetes" que são as "meninas da dança" daí. Claro que as da UFV são muito mais legais!..hehehe.
As daqui também são "escandalosas", "alegres", "amigas". Mas não são tão simpáticas quanto às de Viçosa...rs
Não mesmo! A gente ferve muito mais também!
Elas fazem prerformances nas festas, com contato e improvisação...a gente faz com funk!...hahahahahahhahaha
O Departamento de Dança da UFV possui muitas coisas que aqui não há - e que acho difícil de se conquistar, ao contrário dos méritos daqui que são completamente alcançáveis para o viçosense.
A começar pelos laços verdadeiros e estreitos que fazem das relações que nascem na UFV intensas, sólidas e eternas. Tem também a garra de nós todas que fizemos, fazemos e faremos o crescimento do curso. É muito mais babado!!!...hehehe
Eu costumo dizer que para a UFV ser a UNICAMP, não apenas em relação á Dança, é preciso que os atos estudantis tomem maiores dimensões. Em todos os sentidos!!! Movimentos, políticas, reivindicações, produções independentes, etc.
Mas para a UNICAMP ser a UFV é bem complicado. Envolve questões culturais, costumes, tradições...
A começar que não há um barzinho do DCE nem nenhum outro lugar equivalente onde os estudantes de TODOS os cursos se encontrem. Não há esta interação que faz dos universitários da UFV já conhecidos uns dos outros.
Não há o Bar do leão nem nenhum outro que fique aberto depois das 2h da madruga.
Não há "copos sujos" onde se mate aula para jogar sinuca. (Aliás, alguém aqui mata aula???)
Não existe amizade com os garçons e seguranças das festas, muito menos com os vocalistas das bandas, para mandarem o tão famoso "beijo para as meninas da dança"!
Você acha que vai fazer algo na segunda-feira? Não! Não tem festa, boteco, nem All Time ou Tiger para você ir tomar sua cervejinha...
A Nico Lopes? Não existe, nem nada equivlente...
É complicado... às vezes dá uma vontadeziiiinha, bem pequena, de te estudado em um lugar onde o curso é mais consolidado, onde há o que se ver, onde procurar o que se ver ou fazer... Mas depois logo vem a alegria por ter vivido o que vivi nos meus cinco anos de UFV e dá uma saudaaaaaaad da Viciosa, do curso, das pessoas com quem convivia, dos botecos, das festas e até de lutar, passando perrengues, por interesses próprios e coletivos, pelo crescimento de nossas idéias, pelo aumento de nosso espaço!
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Reflexo Real

@TalithaMesquita
Monday, July 02, 2007
De Campinas para meus amigos distantes!
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